Friday, January 26, 2007

O Copom e o PAC

Repercutiu a declaração em que Zé Dirceu pede, no seu blog, a renúncia do presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Dirceu está certo na sua indignação. A definição da Selic influencia vários pontos da economia e da vida do cidadão comum: o tamanho da dívida do governo, a necessidade de superávit primário, as taxas de juros praticadas no mercado para financiamento, por exemplo. No entanto a maior conseqüência da redução de apenas 0,25 pp da taxa básica foi, a meu ver, no ânimo da sociedade na execução do PAC. Dias após o presidente Lula apresentar ao país um projeto vigoroso de investimentos (mais de meio trilhão de reais) e pedir que os brasileiros acreditem nele e no esforço em prol do desenvolvimento que o governo está disposto a fazer para que sua meta se concretize, aparece o Bacen e joga uma ducha de água fria nas expectativas de empresários, trabalhadores e do próprio governo. A pergunta é: por que reduzir em 0,25 pp? Se analisarmos as condições atuais da economia não há justificativa plausível para tal atitude, senão vejamos: não adianta dizer que os gastos do governo estão absurdamente elevados, pois isto não está pressionando a demanda interna, a inflação não está em trajetória ascendente (pelo contrário, ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo), as nossa taxa de juros interna está muito, mas muito acima do nível internacional, portanto não há hipótese de fuga de capitais. Qual seria o motivo então? Minha resposta: a necessidade o Banco Central de afirmar o quanto é “independente”. Mas independente de que? E de quem? Das urnas como bem lembrou Dirceu? Da sociedade? Dos empresários e trabalhadores? Do país? É a velha ladainha :” o que o mercado irá pensar se o governo intervir no Banco Central?” Cumpre lembrar que o Bacen é parte do governo, não age fora ou a margem dele como podem “pregar” alguns ortodoxos de plantão. Aí que está o cerne da questão. Se a Selic ao nível que está desanima os investidores, onera o governo, encarece o financiamento, o que vai contra o PAC, por que então a falta de sintonia? É isto que temos que questionar. Formar nossa própria opinião, discutir e pressionar. O governo somos nós, sim, pois nós o elegemos e nós o sustentamos. E o PAC faz parte do governo assim como o Banco Central. Daí a razão da indignação.
Patrícia
OBS: Para entender melhor o PAC veja aqui.

Monday, January 22, 2007

Sobre o PAC...

É muito pertinente a pergunta que Zé Dirceu faz no seu blog hoje, quem tem medo do PAC?. Os leitores e leitoras deste blog podem ter percebido um certo descrédito de grande parte da mídia sobre o Plano de Aceleração do Crescimento lançado hoje pelo presidente Lula. Evidentemente, temos que analisá-lo para entedê-lo melhor e enxergar com mais clareza os impactos desta série de medidas na economia e na geração de empregos. Poderemos detalhar isto mais tarde neste espaço, no entanto todos se lembram quando o Fome Zero foi lançado sob uma chuva de críticas e acusações de ser apenas um projeto de " marketing". Pois bem, anos depois veio a constatação do programa ter sido o fator principal para a redução da pobreza em 19 % no governo Lula. Isto nos faz cada vez mais estarmos atentos a dita "opinião publicada" e termos argumentos necessários para contrapô-la e formarmos a nossa própria opinião. Nós não precisamos necessariamente discordar ou concordar com tudo que nos é mostrado, mas devemos exercitar o direito de questioná-lo.

Saturday, January 20, 2007

Entrevista de Zé Dirceu

Leia aqui a íntegra da entrevista de Zé Dirceu à edição brasileira da revista Rolling Stone.

Computador na escola não é pirotecnia

Em seu artigo do dia 18/01, no Jornal do Brasil, José Dirceu fala da importância da informatização em todas as escolas públicas do país, e argumenta que a medida não é uma megalomania como estão dizendo alguns pouco informados sobre o programa. Leia a íntegra na seção Artigos do blog do Zé Dirceu.

Thursday, January 18, 2007

CÚPULA DO MERCOSUL

jornal já não serve para embrulhar peixe

Por Fernando Soares Campos em 17/1/2007

Na quinta e sexta-feira (18 e 19/1), ocorre no Rio de Janeiro mais uma reunião de cúpula dos países integrantes do Mercosul. A pauta da reunião engloba variadas abordagens, desde turismo sustentável e prevenção contra a exploração sexual de crianças e adolescentes até as permanentes questões envolvendo interesses políticos, sociais e econômicos da região. Há muito o que se discutir. Existe em andamento a idéia de integração do ensino superior entre os países da América Latina, com a criação de uma Universidade do Mercosul, que teria sede no Brasil. Entretanto a imprensa brasileira já pautou o alvo de suas atenções durante o evento. Sim, será ele mesmo, o nouveau socialiste Hugo Chávez.
Nos últimos dias, uma das frases mais usadas nas crônicas dos articulistas políticos foi "ele roubou a cena", ou "ele vai roubar a cena". Acusam o presidente venezuelano de forçar o foco dos holofotes para si e ofuscar a imagem de seus anfitriões.
Em tempos de Big Brother e Cicarellis Youtubando, o que interessa para essa gente é a "cena" e o espetáculo das frases descontextualizadas. Falam de liderança, alguma coisa em termos de que o Brasil seria o líder natural da América do Sul, porém chegam a acusar o presidente Lula de ser "fraco", de se deixar engambelar pelas conversas de Chávez. Esse pessoal é muito pequeno mesmo.
Hoje, mais que em outras épocas, quando se referem à liderança do Brasil na América do Sul, pode-se perceber que tratam de pintar a imagem do presidente Lula como se este fosse obrigado a fazer o papel de manager de Washington para questões sul-americanas e o nosso país representasse uma espécie de sucursal de Wall Street, ou do Pentágono, ou da CIA. Na verdade, já foi – em tantas outras ocasiões o Brasil desempenhou esse papel. Mas liderança de verdade, desconheço que tenha ocorrido. Já vimos o nosso país atuar como mediador de certas questões, e só.
Cada um por si e o diabo por todos
Segunda-feira (8/1), M. Pio Corrêa, embaixador aposentado, em artigo no Globo, afirmou:
"Os resultados das eleições presidenciais na Venezuela, na Bolívia e no Equador parecem configurar a possibilidade de realização do sonho do presidente Hugo Chávez, a criação de uma `ala dissidente´ de repúblicas latino-americanas – quebrando a unidade do continente".
Que será que M. Pio Corrêa entende por "unidade do continente"? Desde que me entendo por um arremedo de gente, sempre soube que os países sul-americanos nunca formaram uma unidade em defesa de seus interesses. O que aqui sempre predominou foi cada um por si e o diabo por todos. Basta lembrar a Guerra das Malvinas, em 1982, quando a Argentina evocou o TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, da OEA), também conhecido como Pacto do Rio. O tratado prevê que, caso um dos signatários seja atacado, os demais também devem se considerar igualmente atacados, obrigando-se a prestar ajuda ao agredido.
Como era de se esperar, a Argentina ficou só e foi derrotada pela Inglaterra. É verdade que, na época, a Argentina era governada por uma junta militar de linha-dura, e talvez por isso muita gente apóie a ajuda do general Pinochet aos britânicos e a aparente neutralidade do Brasil e demais signatários do TIAR.
Descuidos históricos
Chávez já garantiu que um ataque contra qualquer dos seus aliados seria considerado um ataque à própria Venezuela. Na posse do presidente Daniel Ortega, da Nicarágua, o segundo país mais pobre do Ocidente, Chávez repetiu o brado do seu discurso de posse na Venezuela: "Pátria, socialismo ou morte!" Evo Morales não deixou por menos e mandou esta: "Morte ao imperialismo americano!" (O Globo, 12/1).
Aos 57 anos, pela primeira vez ouço discursos e declarações de cooperação entre nossos vizinhos que, acredito, vão além dos simples palavreados. No entanto, os impérios jornalísticos destas bandas estão sempre a postos, menosprezando as intenções e tratando tudo isso como se fossem anacrônicos movimentos. Para essa gente, Chávez é apenas um "inconseqüente agitador". Eles só entendem a linguagem do obediente colonizado, para quem tudo aquilo que vai de encontro aos interesses dos imperialistas é perigoso para os interesses da região ("o quintal").
Muita gente ainda acredita que é "formador de opinião", ainda crê que seus artigos e fricotes são lidos, entendidos e abonados pela população. Não aprenderam coisa alguma com as últimas eleições no Brasil e, pelo visto, em outros países latino-americanos. Tratam Chávez, Evo Morales, Daniel Ortega, Rafael Correa e Lula, por exemplo, como descuidos históricos que logo serão corrigidos. Chuvas de verão. Não duvido que venham a se transformar nisso, pode ser que em breve sejam lembrados como um sopro de esperança que passou por estas terras. Mas prefiro acreditar que estamos avançando para a verdadeira união continental. Esperança de que um dia possamos escolher entre ir à praia no Atlântico ou no Pacífico.
"Generais do povo"
Em setembro de 2006, o jornalista Newton Carlos, um dos mais respeitados analistas de política no âmbito internacional, em entrevista ao site da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, afirmou que "a América Latina não repercute". Mas acho que vai repercutir. Nessa mesma entrevista [ver aqui a íntegra da matéria], ele conta alguns dos episódios que testemunhou em suas atuações como correspondente internacional, entre os quais destaco este:
"Em 1964 [já consumado o golpe militar no Brasil], eu assistia em Genebra à primeira conferência da UNCTAD [organismo da ONU para o comércio e o desenvolvimento]. Nunca me esqueci disso. O chefe da delegação brasileira era o embaixador Jaime de Azevedo Rodrigues. Eu caminhava com ele pelos imensos corredores do Palácio das Nações. Em dado momento, ele encontrou Che Guevara, que era o chefe da delegação de Cuba. Os dois tinham uma ligação estreita. Ouvi o Che recomendando cautela. `São generais do povo´, retrucou Azevedo. `Jaime, en los militares, ni los soldados [son pueblo]´, berrou Guevara."
El Che sabia das coisas, por isso creio que, se estivesse entre nós, diria: "En la prensa brasileña, hoy, el papel no sirve ni para embrollar pez".
Texto extraído do Observatório da Imprensa

Wednesday, January 17, 2007

Convidado do Zé Dirceu

Concessões rodoviárias é o tema tratado por José Augusto Valente, secretário de política nacional de transportes, no blog do Zé Dirceu, leia o artigo aqui no link da seção Convidados.

Tuesday, January 16, 2007

O discurso perigoso de certa mídia

Tão logo se iniciou a corrida pela presidência da Câmara e o PT lançou seu candidato à disputa, que certa mídia nacional vem produzindo reportagens tendenciosas a respeito do pleito, colocando-se frontalmente favorável a uma candidatura da chamada 3ª via, ao mesmo tempo em que tenta difundir a idéia de que uma vitória da candidatura petista provocaria um racha na base aliada, dificultando as relações do Executivo com o Legislativo.
Como pano de fundo um outro discurso paralelo começa a tomar corpo, esse tão ou mais perigoso que o primeiro. É importante notarmos que em várias matérias sobre o assunto, o nome do ex-ministro José Dirceu aparece como o articulador da campanha Chinaglia à presidência da Câmara. O nome do ex-ministro é citado como o “mentor” e “financiador” da candidatura petista.
Esse discurso pretende matar dois coelhos de uma só cajadada: primeiro porque segundo eles, divulgar ao máximo que a candidatura do Chinaglia está ligada a José Dirceu é uma forma de enfraquecê-la e abortá-la, espalhando entre os parlamentares que o estão apoiando à idéia de que essa candidatura seria mal vista pela população.
Outro ponto considerável é que analisando com mais atenção às matérias que ultimamente tem saído sobre a questão, podemos observar que essa mídia quer novamente contrapor a opinião pública a José Dirceu. Sorrateiramente aproveita-se da eleição da Câmara para dar início a uma nova campanha contra ele.
Muito estranho que logo depois da divulgação na imprensa sobre uma mobilização popular em favor da anistia para José Dirceu, essa mesma imprensa agora passe a se dedicar a falar sobre o assunto com certa insistência.
Os recentes acontecimentos do ano de 2005, que culminaram com a absurda cassação política de Dirceu não deixaram dúvidas quanto ao protagonismo dessa mídia, comprometida com os setores da elite conservadora, que em seus veículos de comunicação lideraram um verdadeiro linchamento moral a ele. Não podemos esquecer de como ela (mídia), atuou achincalhando, julgando e condenando o ex-ministro. Antecipando-se as provas, negando a ele o direito de defesa, ridicularizando-o em seus programas televisivos, em seus portais da internet, em seus jornais e revistas.
É claro que nesse tipo de jogo não se pode ganhar tudo sempre e ela também teve suas perdas. Enquanto se ocupava em jogar lama em cima do nome de José Dirceu, do PT e do Presidente Lula, usando dos mais sórdidos artifícios para atingir seus objetivos espúrios, teve que amargar a perda da “credibilidade” que tinha junto a população. O preço é alto e as conseqüências dessa falta de ética ainda não foram de todo sentidas para ela.
Na esteira de todos esses acontecimentos e no vazio de informação deixado por esses setores da mídia comprometida com os interesses das oligarquias nacionais, é que um outro tipo de mídia, já existente, mas sem visibilidade até então, sufocada que estava pelos grandes grupos que monopolizam a informação, passa a crescer, movida pela crise e principalmente por fazer um jornalismo responsável e independente.
Revistas como Carta Capital e Caros Amigos entre outros, são exemplos dessa imprensa que passou a ser mais e mais procurada por leitores que desejavam obter uma informação digamos, mais limpa por parte da imprensa.
A internet também passou a ser um espaço de troca de informação, de formulação de pensamentos, de discussão sobre a situação que o país estava atravessando e de como certa mídia estava sendo descaradamente parcial na questão.
Também foi essa mídia “alternativa” a primeira a abrir espaço pra que José Dirceu pudesse falar, pudesse se defender das acusações que lhe eram feitas.
Vivemos em um país democrático onde a liberdade de expressão é exercida em sua total plenitude e essa mídia detentora do monopólio das comunicações é um bom exemplo disso. Pois ela, mais do que ninguém, se beneficia dessa democracia. Embora com um conceito meio esquisito, em que a democracia só existe de fato quando é exercida em seu benefício. Conceito manipulador e excludente.
A palavra democracia é sempre evocada por eles quando pressentem alguma ameaça que possa reduzir os seus poderes. Todas às vezes que se fala em discutir o papel da imprensa brasileira, logo muitas vozes corporativas se levantam para em coro defender a “liberdade” de imprensa, relembrar o AI-5, falar de como foi árduo conquistar a democracia, da imprensa perseguida e cerceada em seu direito de informar etc. Como se discutir o papel da imprensa fosse um ato de violação da liberdade jornalística e um atentado a democracia.
Não devemos nos iludir com esse discurso, não estamos no governo Médici, os tempos são outros e a discussão também é outra. A discussão é: até onde vai a liberdade de imprensa? Quando a imprensa erra quem paga por isso? A discussão é estabelecer direitos iguais para todos, numa democracia não se pode ter ninguém acima do bem e do mal.Nesse sentido, se certa imprensa pretende se antecipar numa nova campanha contra José Dirceu, dessa vez tentando desqualificar o seu direito de pleitear anistia, está atentando contra os preceitos básicos da democracia, tentando influenciar negativamente a população para que não apóiem a campanha. Por isso é que precisamos manter os olhos bem abertos e gritarmos bem alto contra mais essa manobra de satanizar mais uma vez José Dirceu.
Bel

Saturday, January 13, 2007

O PT e anistia de José Dirceu



No segundo semestre de 2005 o então Ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi o personagem principal de uma série de denúncias de corrupção envolvendo o seu nome. As denúncias foram feitas pelo então deputado federal e presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto Jefferson.
Tais denúncias logo ganharam eco na mídia e se propagaram pelo país, José Dirceu então, se desliga do Ministério para provar sua inocência retornando à Câmara dos Deputados para assumir seu mandato de deputado federal, pelo estado de São Paulo, eleito com mais de meio milhão de votos.
Em meio a todo esse turbilhão o Partido dos Trabalhadores, por intermédio de sua direção nacional, antes mesmo de que fosse apurada a veracidade dos fatos, faz coro à mídia e aos setores da direita que tentavam derrubar Dirceu e assim impedir o projeto político do governo petista.
Também neste período estava marcado o PED (Processo de Eleições Diretas) que iria eleger novas direções do Partido em todo o país.
A partir daí, a discussão que toda a sociedade irá assistir deixa a base petista perplexa: de mãos dadas com certa mídia sensacionalista, reacionária e direitista, à direção petista da época exigia que Dirceu retirasse o seu nome da chapa do Campo Majoritário, que disputava as eleições internas.
Ainda atônitos e surpresos com a avalanche que de repente rolava com fúria descomunal em direção ao PT, à base começa uma reação de apoio ao seu ex-presidente e luta pela sua permanência na chapa, preservando o seu nome e fazendo frente às calúnias que lhe eram lançadas pelos nossos opositores.
Timidamente começamos nosso trabalho na internet, como pequenas formigas tentamos buscar um espaço que nos aglutinasse, já que nos grandes veículos de comunicação não havia lugar para aqueles que defendiam José Dirceu.
O trabalho foi crescendo e tanto a militância petista, como simpatizantes, cidadãos comuns anônimos, que não aceitavam a tentativa de manipulação da informação que vinha ocorrendo, começaram a reagir aos ataques que tentavam atingi-lo.
Em pouco tempo, o pequeno grupo se multiplicou e vendo que aumentava a força daqueles que defendiam e apoiavam José Dirceu, o PT recuou e aceitou que ele permanecesse na chapa, ou seja, foi obrigado a aceitar frente à determinação da base em apoiá-lo naquela hora difícil.
Durante o PED novamente a base deu uma clara demonstração de força comparecendo maciçamente a votação e dando maioria de votos a chapa em que Dirceu fazia parte, contrariando a avaliação da cúpula partidária, que achava que a presença de Dirceu comprometeria o processo eleitoral.
Contudo, não vimos da direção Nacional até hoje uma posição oficial a respeito do episódio, continuam a agir como se Dirceu não pertencesse ao PT e como se não coubesse ao Partido defende-lo perante a opinião pública. Embora, a opinião pública de fato já venha se manifestando favorável a Dirceu a revelia das declarações da cúpula partidária.
Passados um ano depois da cassação do seu mandato de deputado federal, cassação arbitrária, sem provas de que tenha cometido qualquer ato ilícito, de que tenha praticado ações de corrupção, cassação política nas palavras dos deputados que na época ajudaram a tirar-lhe o mandato conquistado pelo voto democrático, nós brasileiros indignados com a agressão e o desrespeito ao estado de direito, vamos junto com ele lutar por sua anistia. E o PT continua em silêncio.
Não seria demais lembrarmos que seus algozes mais ferozes foram todos cassados nas urnas, o PFL amargou uma dura derrota vendo seu poder político reduzido drasticamente, principalmente na Bahia, onde foi varrido com a vitória espetacular de Jaques Wagner. Setores raivosos do PSDB representados por Virgílio Guimarães e FHC também foram derrotados nas urnas, Raul Jungmann representante da velha direita nordestina, disfarçada por trás de uma retórica de esquerda, está sendo denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. As máscaras começaram a cair mais cedo do que imaginávamos e o povo soube separar bem o joio do trigo.

Quando falamos de José Dirceu é importante ressaltar que estamos nos referindo não a um simples político brasileiro, estamos falando de uma das maiores lideranças vivas da esquerda brasileira e latino-americana, estamos falando de alguém que dedicou à vida pela democracia, estamos falando do líder que transformou o Partido dos Trabalhadores em um Partido respeitado tanto aqui como no mundo, estamos falando da liderança que conduziu o PT à Presidência da República.
Diante de todos os fatos, da tentativa sórdida de setores da elite conservadora incomodados com os avanços proporcionados ao país com o governo Lula, diante da total falta de provas das denúncias feitas contra ele e da constatação de que tentaram usá-lo, assim como mais tarde tentaram usar outros companheiros, para desestabilizar o governo Lula e impedir sua reeleição, que dará continuidade ao nosso projeto de fazer do Brasil um país menos desigual, com oportunidades para todos, não podemos permitir que José Dirceu continue sendo apontado como chefe de quadrilha, que o seu mandato não seja resgatado e que seu nome não seja definitivamente recuperado para a História.
Nesse sentido é fundamental que o Partido deixe de lado suas divergências internas e assuma junto com os milhares de brasileiros que acreditam na inocência de Dirceu a campanha por sua anistia.
Não falo de iniciativas isoladas de parlamentares e outras lideranças, falo de uma posição oficial do PT, que não deve se envergonhar de ter Dirceu em seus quadros, mas orgulhar-se de poder contar com ele sempre.
Temos ouvido muito o Partido falar que precisa reconhecer e pagar pelos seus erros, acho que o primeiro passo seria reconhecer agora que cometeu um erro em não defendê-lo naquele momento e ao mesmo tempo reparar esse equívoco com uma posição clara de apoio formal a sua anistia.
Atuando na mobilização em seus diretórios estaduais e municipais, seguindo as bases que há muito já se engajaram nessa luta para devolver a José Dirceu seu mandato, sua dignidade e sua honra.
Espero que o PT possa ter humildade para fazer essa reflexão e assumir que a anistia de José Dirceu significa o soterramento de um tipo de política que por séculos foi praticada no Brasil e que agora, nós, povo, vamos lhe devolver o seu lugar de político comprometido com os ideais de sua Pátria, dando continuidade ao processo de libertação do Brasil dos grilhões do atraso que tanto sofrimento nos custou. Mas sem luta não há vitória!
Bel

Friday, January 12, 2007

O julgamento e o Jungmann

Este blog não teria como deixar de comentar a denúncia feita pelo Minsitério Público Federal contra o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) por improbidade administrativa devido a prejuízos causados ao INCRA no valor de R$ 30 milhões quando ministro do Desenvolvimento Agrário do governo FHC noticiada em alguns sites, veja aqui e aqui. Esta notícia passaria em branco se não fossem por alguns motivos. O acusado em questão é um ex-ministro, hoje é deputado federal e a quantia env0lvida no suposto esquema está na casa dos milhões. Mas além deste fatos cabe destacar que se trata de um cidadão que, como tal, merece direito a ampla defesa e presunção de inocência. Estes mesmos pressupostos que no decorrer das denúncias de 2005 este mesmo deputado negou aos seus pares. Não vamos defender aqui a impunidade, mas devemos, como brasileiros e brasileiras que prezam a democracia, levantar voz contra as execuções políticas sumárias, o pré-julgamento e as condenações sem provas. O deputado Jungmann sabe bem que valores são estes e hoje, em meio a esta denúncia, saberá mais ainda.
Patrícia

Thursday, January 11, 2007

Blog do Zé Dirceu está entre os mais acessados

O blog do Zé Dirceu é o sétimo mais acessado entre os blogs sobre política no Brasil. O primeiro lugar é do jornalista Ricardo Noblat. Segundo a matéria, a contagem é feita por meio de navegação por links, ou seja " aquilo que permite ao internauta ir pulando de um lugar para outro com o simples clique do mouse. Quanto mais links externos um blog tiver, mais sobe na escala ". Temos que considerar dois aspectos: os blogs mais acessados estão em portais que têm grande audiência no país (estadão online e UOL) e o blog do Zé tem pouco tempo online em relação aos demais.
Veja a matéria completa aqui.

Patrícia

Analisando fatos... (1)

O processo no Conselho de Ética

Voltemos a falar sobre o processo de cassação do ex-ministro José Dirceu. A luta pela reconquista dos seus direitos políticos passa por uma relembrança e um debate profundo e sereno das circunstâncias em que se deram seus processo e julgamento na Câmara dos Deputados.
Foram mais de três meses desde a representação no conselho de ética até a declaração de perda do mandato parlamentar por “conduta incompatível com o decoro parlamentar”. As razões para esta sentença foram fundamentadas basicamente na denúncia de que Dirceu fora o “chefe do mensalão”, esquema de repasse de verbas periódicas a parlamentares para que estes votassem projetos de interesse do governo. Vamos retomar aqui as principais evidências levantadas pelo relator do processo que o subsidiaram para que sentenciasse o ex-ministro a punição máxima prevista no Código de Ética da Câmara do Deputados e contrapô-las com a defesa feita por este na época. Uma análise coerente dos fatos expostos aqui poderá nos ajudar a compreender que a cassação do seu mandato foi fundamentada em fatos desconexos, suposições e, principalmente, no pré-julgamento.

1 – Ligações com o publicitário Marcos Valério

Como “chefe do mensalão”, era de supor que José Dirceu mantivesse relações constantes com o publicitário, apontado pela CPMI dos Correios como responsável pelo pagamento a parlamentares. Como “chefe” do esquema caberia a Dirceu determinar quando, quem e como o “pagamento” aconteceria, pressupõe-se então um contanto permanente entre o ‘planejador” e o “executor”. Analisando os fatos e evidências levantadas pelas CPI’s e pelo Conselho de Ética verificamos o contrário. Da quebra do sigilo telefônico, não foi constatada nenhuma ligação feita ou recebida dos telefones do publicitário, não fosse isto, em depoimento a CPMI dos Correios em 09/08/2005 declara:

“O SR. MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA – Eu não sou amigo do Sr. Ministro José Dirceu.
O SR. JOSÉ ROCHA (PFL – BA) – V. Sª é o que o dele, então? Considera-o um inimigo?
O SR. MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA – Diria que sim, hoje.”

2 – Empréstimos bancários

Segundo a CPMI dos Correios, o ex-ministro estava envolvido nas operações para financiar o PT e seus aliados (cabe aqui ressaltarmos que se o conselho de ética julgou José Dirceu como “chefe” do esquema de repasse, evidentemente a fonte dos recursos seria de seu inteiro conhecimento). Ressaltamos os depoimentos na mesma CPMI em 09/08/2005:

“O SR. PAULO PIMENTA (PT – RS) – Em alguma oportunidade, o senhor tratou desse assunto com o Ministro José Dirceu?
O SR. MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA – Ele não dá espaço para você conversar esse tipo de assunto com ele.
O SR. PAULO PIMENTA (PT – RS) – Repito a pergunta: em alguma oportunidade o senhor tratou esse assunto com o Ministro José Dirceu?
O SR. MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA – Não, porque ele não dá espaço para você conversar com ele.
O SR. PAULO PIMENTA (PT – RS) – O senhor nunca tratou esse assunto com o Ministro José Dirceu?
O SR. MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA – Não.”

Vejamos, se o “responsável pelos pagamentos” nunca tratou do assunto com o suposto “chefe do esquema de pagamentos”, alguma coisa está fora do lugar...

3 – Tráfico de Influência

Seria plausível considerar que, se Marcos Valério era o responsável pelo pagamento a parlamentares e José Dirceu o grande “articulador” do esquema, alguma coisa o ex-ministro deveria oferecer em troca. Várias acusações de benefícios aos bancos Rural e BMG e favorecimento na liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco foram levantadas, porém não há nenhuma evidência que a Casa Civil tenha favorecido nenhum destes bancos, e que, durante os 30 meses atuando como ministro não há uma denúncia contra ele por improbidade administrativa que configurasse tráfico de influência.

4 – Influência no PT

É de se supor que, como muitos alardeavam, Dirceu tinha uma influência quase “onipotente” dentro do Partido dos Trabalhadores. No entanto, desde sua nomeação para a Casa Civil em 2003, o ex-ministro tinha suas atribuições legais e estava afastado das atividades partidárias (tinha renunciado ao cargo de presidente licenciado). Senão vejamos o depoimento do ex-presidente do PT José Genoíno:

“O SR. JOSÉ GENUÍNO - Eu quero deixar bem claro que o Ministro José Dirceu não interferia na vida interna do partido. Respeitava o funcionamento e as decisões da Executiva. Ele participava quando tinha reunião do Diretório Nacional. Tinha uma relação política, como dirigente nos debates, nas resoluções do Diretório Nacional. Em relação ao funcionamento, em relação ao dia-a-dia do partido, ele não tinha interferência. (...)”

Além desta declaração, seria praticamente impossível coordenar as atividades partidárias com as atribuições de ministro. O mesmo senso comum que nos remete ao “onipotente” Zé Dirceu, também nos traz o famoso “super primeiro- ministro” que tudo mandava dentro do governo. Não há como negar a influência de Dirceu no PT como militante histórico, mas cabe ressaltar duas funções completamente diferentes: a função na máquina partidária, no dia-a-dia do partido e as atribuições (que não eram poucas) como ministro de Estado.



5 – Compra de votos

Por fim vale ressaltar que o processo de cassação de Dirceu foi iniciado por meio de uma denúncia do então deputado Roberto Jefferson e que o Conselho de Ética aprovou, por unanimidade, a cassação do ex-deputado Roberto Jefferson – decisão referendada pelo plenário da Câmara dos Deputados – argumentando, entre outros motivos, que ele denunciou, sem apresentar provas, a existência de um esquema de pagamentos mensais para compra de apoio de parlamentares do Congresso, o “mensalão”. Isto já diz muita coisa.

Evidentemente, há muito mais a argumentar no processo de José Dirceu. Retirar um mandato parlamentar sem provas factuais, sem evidências concretas, apenas nas suposições é um ato que só vivenciamos na ditadura. Questionar todos estes fatos é um exercício salutar para quem defende a democracia.
Os argumentos aqui relatados são baseados em documento elaborado pela assessoria do deputado na época e pode ser obtida na integra aqui.
Patrícia

Friday, January 05, 2007

Mídia e Eleições 2006

No seu blog, Zé Dirceu faz referência a dois sites que analisam a cobertura da mídia nas eleições de 2006. Confiram aqui. No entanto, vale a pena discutirmos o desempenho da imprensa. Vimos no ano que se passou que a opinião pública não é a opinião publicada e que o efeito "pedra lago" não aconteceu. A reeleição do Lula foi a prova que o povo sabe discernir o que lhe é mostrado, sabe fazer uma análise correta do que é melhor para si e para seu país. Não vale alguns moralistas dizerem que quem não lê jornal vota (votou) em Lula, isso é argumento preconceituoso e não corresponde a realidade. Ao contrário do que acontecia no governo FHC, quando grande parte da imprensa foi um tanto "benevolente" com o tucanato, no governo Lula a mídia foi além de simplesmente informar. Teve um lado e usou seu "poder" para tentar influenciar no resultado das eleições, mas não conseguiu. Por isso, espaços livres de informação são necessários para contrapor a isto e proporcionar a democratização da comunicação, para estimular o debate, o "livre pensar".

Patrícia

Entrevista do Economista Amir Khair

O economista Amir Khair especialista em finanças públicas e ex-Secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo, concedeu entrevista a José Dirceu, em que faz uma análise da política econômica do governo e entre outras coisas, diz que é possível chegar ao equilíbrio fiscal com crescimento e o COPOM vai ter que baixar os juros.
Leia a íntegra aqui: Entrevistas

Hoje no blog do Zé Dirceu

Banda larga e desenvolvimento
Dirceu discute o tema em seu artigo publicado ontem no Jornal do Brasil. Para saber mais leia a seção Artigos do blog, clicando neste link.
Bel

Thursday, January 04, 2007

Por que defender José Dirceu?

Nos últimos meses fomos testemunhas de um processo de acusação, julgamento e linchamento moral do ex-ministro José Dirceu. Vimos, quase que diariamente, uma sucessão de acusações, ataques, argumentações e depoimentos envolvendo seu nome, mas mesmo assim, várias pessoas saíram em sua defesa, contestaram todo este processo e, embora grande parte da mídia, dos ditos “formadores de opinião” e de membros da oposição se posicionassem ferozmente contra o ex-deputado, elas mantiveram suas convicções. Apesar da sensação de “nadar contra corrente” em um mar de acusações e denúncias, por que então elas estariam dispostas a defender José Dirceu?

Para responder a esta pergunta nada melhor do que mergulharmos um pouco no passado do Brasil. Não pretendemos aqui fazer um relato histórico, mas apenas resgatar algumas passagens que foram determinantes para o que vivemos hoje na nossa tão jovem democracia.

Em 1964 os militares mobilizaram-se contra o governo do então presidente João Goulart, público defensor das reformas de base, o que fazia setores conservadores brasileiros recearem por um eventual “comunismo” no Brasil. O golpe militar tornou-se fato em 1º de abril daquele ano. Era o começo da ditadura, uma página sombria da nossa história que durou 20 anos, um período de resistência, lutas, prisões, torturas e mortes. Dentre os que resistiram o regime, estava o jovem estudante José Dirceu, então presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) e ativo militante político. Devido sua militância no movimento estudantil, Dirceu foi preso pela ditadura militar, teve sua nacionalidade cassada e foi expulso do país. No exílio trabalhou e estudou. Voltou ao Brasil em 1975 clandestinamente, e quatro anos mais tarde pôde livremente retornar ao país. Participou do movimento pela anistia aos processados e condenados por atividades políticas durante o período ditatorial, tendo atuado de forma contundente na campanha pela redemocratização do Brasil e pela instituição das eleições livres e diretas para presidente da república. Fundador do Partido dos Trabalhadores, foi, pelo estado de São Paulo, eleito deputado estadual, em 1986, e deputado federal, em 1990, 1998 e 2002, quando obteve mais de meio milhão de votos. Em 1995 assumiu a presidência do Partido dos Trabalhadores por meio de eleições diretas. Durante a campanha presidencial de 2002, Dirceu teve papel estratégico na campanha vitoriosa do então candidato Lula, e no ano seguinte foi nomeado ministro chefe da Casa Civil.

À luz destes fatos, voltemo-nos para os grandes debates que atualmente fazem parte do nosso país. Sabemos dos desafios que estão postos para nós: crescimento, distribuição da renda, desigualdade social, política, violência, emprego, juventude, educação, saúde, enfim, temas que estão na agenda do dia e que o governo deve equacioná-los. No entanto, no debate sobre estas questões sempre precisamos de figuras fortes que expressem suas idéias, soluções e saibam se posicionar. Quando ministro chefe da Casa Civil, Dirceu sempre mostrou de qual lado estava (isto pode se confirmar nas discussões que ele levanta hoje em dia nos seus artigos, em seu blog e como militante), o lado da justiça social, do enfrentamento das questões que por décadas foram verdadeiros “tabus” para o país, tanto na política como na economia, no desenvolvimento do Brasil. Mas seu trabalho ministro foi interrompido e como deputado lhe foi violentamente retirado em um turbulento processo de cassação.

Este processo de cassação foi entendido por alguns membros da sociedade como uma “cassação política” feita legitimamente pela Câmara do Deputados. Mas ora, Senhoras e Senhores, que julgamento foi esse? Foi quebra de decoro parlamentar? Com base em que provas? Quais evidências concretas? Alguém encontrou algum centavo de dinheiro ilícito nas contas do Zé Dirceu ou de seus familiares? E da quebra dos sigilos fiscal e telefônico, o que encontraram? De onde então surgiu a certeza do “crime” cometido pelo então deputado? Cassar os direitos políticos de qualquer cidadão, um direito assegurado pela constituição do nosso país, só com a absoluta certeza da culpa, ou será então que a máxima “ inocente até que se prove o contrário” não vale mais? Ou só vale para alguns? Ou fora invertida: “ culpado até que se prove o contrário”? Voltaremos a debater com mais detalhes sobre seu julgamento no Conselho de Ética bem como a denúncia do Procurador Geral da República (cumpre lembrar, que o Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciou quanto ao acato ou não desta denúncia.), no entanto, reconhecer este processo como “moral” é afrontar nosso sentimento de justiça. Questioná-lo ou pelo menos debatê-lo se faz necessário, ou será que queremos correr o risco de ver o plenário da Câmara do Deputados se voltar contra algum membro que lhe for inconveniente ou por pressão externa cassar seu mandato sem a devida prova legal de seu suposto ilícito? Certamente não é isto que queremos para nossa democracia. Portanto, defender os direitos políticos de José Dirceu é defender o Estado Democrático de Direito, é defender nossa democracia, nosso país e quem luta por ele.

Mas antes mesmo de defendê-lo, devemos refletir sobre seu julgamento. Refletir é não aceitar a “opinião publicada”, é nos livrarmos do pré-julgamento, é analisar os fatos e as provas (ou melhor, a falta delas), é assegurar-nos que estaremos formando uma opinião própria e segura. Perante isto, defendê-lo é expressar esta opinião, é exercer o sagrado direito de concordar ou discordar, é mobilizar-se, é não ter medo de argumentar e de ser contestado, é ser firme em nossas convicções, enfim, defendê-lo é juntar-se a nós!


Patrícia

Estamos de volta

Amigos,

Depois de um longo período de descanso estamos voltando às atividades deste blog, agora com o reforço de mais uma colaboradora que é a Patrícia Vasconcellos, economista, carioca, mas atualmente residindo na Capital Federal, por conta de suas atividades profissionais. Patrícia também atua no setorial de juventude do Partido dos Trabalhadores do DF.

Como sempre, este blog continua na luta em favor do José Dirceu. Pretendemos atuar no auxílio à divulgação do seu blog, que já é um grande sucesso e uma revolução na forma de se discutir política na internet bem como os demais temas que atualmente fazem parte da agenda do país.

O blog do Zé Dirceu funciona como um espaço democrático aberto às diversas opiniões. Leitores favoráveis ou contrários as suas posições encontram um canal aberto para a livre exposição de seus pensamentos.

Pretendemos também contribuir na luta em favor de sua anistia, procurando adesões para a mesma, e nos preparando para quando a campanha efetivamente começar. Para tanto, estaremos aqui expondo e debatendo as nossas idéias e de todos os amigos do Zé Dirceu, funcionando como um espaço de contraponto à "certa mídia" oficial que só publica o que lhe convém. Vamos mostrar nossa indignação, mas também a nossa garra e disposição de continuar lutando por um país mais justo e que com certeza, com a união de brasileiros como nós, fará justiça ao filho deste solo que nunca fugiu à luta!
Bel