Carta aos amigos
De: Luiz Fernando Carceroni
Acredito que o pedido de meu indiciamento em 4(quatro) crimes, apontados pelo relator Osmar Serraglio, relator da CPI dos Correios, tem o objetivo político de, através da minha pessoa, envolver o PT na eventual falsificação da Lista de Furnas A Lista de Furnas surgiu das mãos de Nilton Monteiro e para que todos saibam, não conheço Nilton Monteiro, não sei onde mora e nem seus telefones e nunca falei com ele, por qualquer meio de comunicação. Entretanto o relator amarrou o meu destino ao dele como seu colaborador e contribuinte em seus eventuais crimes. É o que escreveu no relatório. Lá no mesmo relatório, está explícita a posição dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal. Atestam que não se pode concluir sobre a autenticidade ou não da Lista de Furnas, com base apenas na cópia autenticada, mas afirmam ser o selo de autenticação do cartório verdadeiro, a assinatura do funcionário do cartório autêntica e a assinatura e rubrica de Dimas Toledo convergentes com as amostras das assinaturas e rubricas colhidas para a confrontação pericial. A Polícia Federal nunca atestou falsidade na Lista de Furnas, como afirma Osmar Serráglio.
Serraglio afirmou ser falsa a Lista de Furnas em desacordo com a perícia oficial e com base em perícias privadas, encomendadas e pagas pela oposição PFL/PSDB. Ele desconheceu por completo o relato dos peritos criminais oficiais, em resposta aos quesitos do delegado de polícia federal, encarregado do inquérito.
O relator tratou de modo diferente as denúncias sob investigação. Quem acusou membros do governo e do PT, mesmo sem provas ou documentos, só de ouvir falar, foi respeitado e ouvido com atenção nesta CPI, pelo relator. Ao contrário, não ouviu ou convocou testemunhas que denunciaram crimes atribuídos à membros da oposição, mesmo documentados. E como exemplo cito: O mesmo senhor Nilton Monteiro apresentou à Polícia Federal a Lista do caixa 2 de Eduardo Azeredo, atribuída a Cláudio Mourão, tesoureiro de sua campanha eleitoral em 1998. Ela foi periciada é dada como autêntica, com assinatura, rubricas e texto sem adulterações ou fraudes, pela perícia oficial efetuada, a pedido do delegado federal que investiga o fato. Nilton Monteiro foi convocado pela CPI dos Correios em Agosto de 2005 e nunca teve marcada a data de seu depoimento. O relator deixou de lado o assunto por exigência da da oposição.
Por outro lado, apresentei representações aos órgãos públicos competentes para efetuar as investigações sobre a veracidade ou não da Lista de Furnas. As representações alcançaram a Polícia Federal, O ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União, em 17/12/2005. Estes órgãos jamais me convocaram para depor sobre a autenticidade ou não da Lista, já que apenas cumpri com a minha obrigação de cidadão, ao tomar conhecimento de um possível indício de crime. Agi dentro da legalidade. As investigações estão em curso e alguns fatos relatados na lista estão sendo apurados e até comprovados, conforme noticiou a imprensa. O relator tenta inverter os fatos a pedido da oposição. Afirmou que cometi crimes ao pedir que possíveis crimes fossem apurados se verdadeiros ou não. Parece brincadeira, mas não foi. Muitos parentes e amigos me ligaram no dia seguinte, ao ver meu nome figurar entre os que terão pedido de indiciamento pelo relator da CPI dos correios, estampada nos jornais de Belo Horizonte. Perguntaram porque teria sido denunciado por corrupção nos correios. Não me conformo com esta atitude injusta, e injuriosa do relator Osmar Serraglio. Vou lutar pela exclusão de meu nome do relatório da CPI dos Correios, incluído sem nenhuma prova legal ou depoimento e peço ajuda a todos. Foi um ato puramente político, sem qualquer fundamento ou base em apuração ou relato dos órgãos que investigam os fatos. O juízo emitido pelo relator é unicamente calcado nas pretensões da oposição de desmoralizar e barrar a qualquer custo as investigações sobre a Lista de Furnas. E mais grave, foge absolutamente do objeto de investigação desta CPI dos Correios.
Luiz Fernando Carceroni
Belo Horizonte, 31 de Março de 2006
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