"Vou continuar conspirando", admite Dirceu
19:21 23/03
Renata Agostini, especial para o Último Segundo
SALAMANCA - O ex-ministro e ex-deputado, José Dirceu, falou há pouco sobre o tema Integração da América Latina, em palestra na Universidade de Salamanca, na Espanha. Cercado por uma platéia de estudantes brasileiros, o ex-chefe da Casa Civil comentou a crise política, a reeleição do presidente Lula e admitiu que irá continuar "conspirando".
Leia abaixo o texto
Dirceu disse estar se adaptando a uma nova realidade, já que teve seus direitos políticos cassados até o ano de 2016. Ele afirmou que seguirá advogando, dando palestras pelo mundo, mas não deixará de atuar nos bastidores.
"Vou continuar conspirando", disse. "É uma ilusão pensar que, por não poder ser deputado, não posso fazer política. Fiz política durante dez anos na clandestinidade".
Dirceu fez duras críticas à imprensa brasileira, acusando-a de ser parcial. "Não foi a maior crise da minha vida, mas uma das piores. A mídia no Brasil sempre tomou partido e derrubou governos e dessa vez não foi diferente".
Sobre as eleições deste ano, ele afirmou que a reeleição de Lula não será fácil. “O Alckmin é um candidato forte. Tem muito apoio em São Paulo, apesar de não ter muita entrada no Rio e em Minas Gerais. Lula também sabe que a disputa será difícil”, disse.
Dirceu insistiu em diferenciar o mandato de Lula do governo de Fernando Henrique Cardoso e classificou este tipo de comparação como um erro gravíssimo. "Nao há continuísmo. É como água e vinho. PT e PSDB têm projetos diferentes, visões de Brasil diferentes. Não têm as mesmas origens, nem representam as mesmas classes sociais".
Ele defendeu ainda a organização de um movimento “Pró-Lula”, que una sindicatos, intelectuais e representantes da população para apoiar o segundo mandato do atual presidente.
Dirceu disse acreditar que intelectuais brasileiros como Chico Buarque, que historicamente estiveram ao lado do PT, não deixarão de apoiar o partido nas próximas eleições.
Renata Agostini, especial para o Último Segundo
SALAMANCA - O ex-ministro e ex-deputado, José Dirceu, falou há pouco sobre o tema Integração da América Latina, em palestra na Universidade de Salamanca, na Espanha. Cercado por uma platéia de estudantes brasileiros, o ex-chefe da Casa Civil comentou a crise política, a reeleição do presidente Lula e admitiu que irá continuar "conspirando".
Leia abaixo o texto
Dirceu disse estar se adaptando a uma nova realidade, já que teve seus direitos políticos cassados até o ano de 2016. Ele afirmou que seguirá advogando, dando palestras pelo mundo, mas não deixará de atuar nos bastidores.
"Vou continuar conspirando", disse. "É uma ilusão pensar que, por não poder ser deputado, não posso fazer política. Fiz política durante dez anos na clandestinidade".
Dirceu fez duras críticas à imprensa brasileira, acusando-a de ser parcial. "Não foi a maior crise da minha vida, mas uma das piores. A mídia no Brasil sempre tomou partido e derrubou governos e dessa vez não foi diferente".
Sobre as eleições deste ano, ele afirmou que a reeleição de Lula não será fácil. “O Alckmin é um candidato forte. Tem muito apoio em São Paulo, apesar de não ter muita entrada no Rio e em Minas Gerais. Lula também sabe que a disputa será difícil”, disse.
Dirceu insistiu em diferenciar o mandato de Lula do governo de Fernando Henrique Cardoso e classificou este tipo de comparação como um erro gravíssimo. "Nao há continuísmo. É como água e vinho. PT e PSDB têm projetos diferentes, visões de Brasil diferentes. Não têm as mesmas origens, nem representam as mesmas classes sociais".
Ele defendeu ainda a organização de um movimento “Pró-Lula”, que una sindicatos, intelectuais e representantes da população para apoiar o segundo mandato do atual presidente.
Dirceu disse acreditar que intelectuais brasileiros como Chico Buarque, que historicamente estiveram ao lado do PT, não deixarão de apoiar o partido nas próximas eleições.
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