EM NOME DO FILHO
A chave para decifrar o caixa 2 de Furnas pode estar na “milionária” campanha de Dimas Toledo Jr. em 2002
Por Leandro Fortes e Márcia Maria - *Carta Capital
Durante o depoimento do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo à CPI dos Correios, na noite da quarta-feira 15, parlamentares do PSDB e do PFL desfiaram inúmeros argumentos para desmontar a “Lista de Furnas”, a relação de 156 políticos supostamente beneficiados pelo caixa 2 de R$ 40 milhões da estatal.
Um dos mais recorrentes dizia respeito ao aparecimento, entre os listados, de Dimas Fabiano Toledo Júnior, eleito deputado estadual em Minas Gerais pelo PP. “Não acredito que alguém seria tão burro de produzir uma lista como essa e, ainda por cima, incluir o nome do próprio filho”, discursou o deputado federal Eduardo Paes (PSDB-RJ), que aparece no documento como beneficiário de R$ 250 mil.
As ponderações dos parlamentares a respeito da autenticidade da lista devem ser levadas em conta. Há várias “pegadinhas” no papelório, a começar pelo fato de o original nunca ter aparecido. O que circula no Congresso e nas redações é uma cópia xerox, insuficiente para atestar a veracidade da lista.
O documento traz a expressão “recursos não-contabilizados”, termo cunhado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares meses depois do período em que supostamente Dimas Toledo teria entregado a relação ao lobista Nilton Monteiro. Além disso, é difícil entender por que o autor incluiria o nome do próprio filho em uma tramóia cujo objetivo final era servir de instrumento de chantagem.
Nego tudo.O ex-diretor de Furnas diz que a lista é “farsa absurda”Isso não significa que as investigações sobre o caixa 2 de Furnas devem ser enterradas e que a lista não passa de chantagem dos governistas, como querem fazer parecer o PFL e o PSDB. E é aí que Dimas Toledo Júnior volta à cena.
Eleito em 2002, o filho do diretor de Furnas foi o segundo colocado em gastos eleitorais entre os deputados estaduais mineiros. Oficialmente, o comitê de “Diminhas” desembolsou R$ 453,2 mil para levá-lo à Assembléia Legislativa.
Quem acompanhou a disputa eleitoral em Minas diz, porém, que os gastos do deputado foram bem maiores, a ponto de causar divergência entre candidatos que apoiavam o tucano Aécio Neves na corrida ao governo.
Os políticos reclamavam das desvantagens na disputa diante da “milionária” campanha do filho do diretor de Furnas. Nos corredores da Assembléia, é visível o constrangimento de deputados com a ascensão de Dimas Júnior na política mineira. De vereador em Varginha, no sul de Minas, com cerca de 1.800 votos, ele pulou para o posto de terceiro deputado estadual mais bem votado, com 79 mil votos.
Na prestação de contas de Dimas Júnior, constam da lista dos doadores oito altos funcionários ou ex-funcionários de Furnas. O ex-gerente do departamento de Construção de Transmissão Sul destinou R$ 10 mil. Clécio de Miranda Lima, engenheiro da equipe do Escritório de Construção Mogi Guaçu na obra da linha de transmissão de Ivaiporã–Itaberá, R$ 12 mil. O ex-funcionário do Departamento de Engenharia Elétrica Hamilton Pinto das Chagas, R$ 10 mil; o assistente da diretoria, em 2002, Gastão de Almeida Rocha, R$ 10 mil.
Há doações do ex-presidente de Furnas Luiz Laércio Simões Machado, no valor de R$ 10 mil, e do ex-diretor de Planejamento, Engenharia e Construção José Renato Simões Machado, também de R$ 10 mil. Funcionário de Furnas por 30 anos, Miguel Khair Filho, atual dirigente da empresa Workinvest – da qual Furnas é cliente –, doou R$ 70 mil. Outro dirigente da mesma Workinvest, Paulo Fernando Veiga do Amaral, deu outros R$ 70 mil ao filho do ex-diretor de Engenharia da estatal de energia elétrica.
O deputado Dimas Júnior, por meio da assessoria de imprensa, avisou que não vai falar sobre o assunto. Há mais de três meses nas mãos de jornalistas e policiais federais, a chamada “Lista de Furnas” entrou oficialmente para o rol de segredos inconfessáveis da República durante o depoimento de Dimas Toledo, o pai, à CPI.
O ex-diretor da estatal compareceu à sala de sessões da comissão amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal. Mas nem isso lhe deu tranqüilidade. Suado e trêmulo, teve de recorrer a textos preparados por advogados para encenar o óbvio papel de vítima. Negou tudo, como era de esperar, mas foi pouco convincente, apesar da forma reverencial com que a oposição o tratou em plenário.
Explica-se: embora paire sobre Dimas a desconfiança de que ele operou também para o PT, a lista de 156 nomes do caixa 2 de Furnas trata, basicamente, de políticos do PSDB, PFL e outros menos importantes da base parlamentar do governo Fernando Henrique Cardoso. Boa parte dos nomes citados no papel faz parte da comissão de frente da CPI que, há sete meses, joga pedra no PT e no governo federal por conta do suposto “mensalão”.
O herdeiro e o algoz.O deputado teve a segunda campanha mais cara. Ele aparece na lista supostamente entregue pelo pai a Nilton MonteiroTanto foi assim que o senador Arthur Virgilio (AM), líder do PSDB no Senado e algoz titular do governo Lula no Congresso, praticamente esqueceu-se de inquirir Dimas Toledo e assumiu uma posição de defensor do ex-diretor de Furnas.
Isso porque, enquanto pôde, voltou todas as cargas para o lobista mineiro Nilton Monteiro, acusado de ter forjado a lista. Gastou um tempo além do razoável para elencar um sem-número de processos judiciais nos quais Monteiro estaria envolvido, um esforço indisfarçável para evitar a convocação do lobista. Foi um dos poucos momentos em que Dimas respirou com mais tranqüilidade.
Os oposicionistas citados na lista tornaram-se vítimas da própria dinâmica que impuseram às investigações. Enquanto o jogo resumiu-se em atacar o PT e o governo, tudo era permitido, sem nenhuma ponderação. A CPI dos Bingos, apelidada “CPI do Fim do Mundo”, está aí para provar. A maior parte dos depoimentos lá tomados pouco tem a ver com o fato inspirador da criação da comissão. Em compensação, sobram convocações de toda e qualquer “testemunha”, por mais duvidosos que sejam o seu passado e suas intenções, que acrescentem lenha na fogueira do suposto conluio para os assassinatos de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, e de Toninho do PT, ex-prefeito de Campinas, ou que corroborem a fantástica história da doação clandestina de Cuba à campanha de Lula em 2004.
“Esta comissão não se deve deixar cevar pelo discurso da desqualificação do depoente, uma vez que já ouvimos o doleiro Toninho da Barcelona e o juiz João Carlos da Rocha Mattos, ambos condenados pela Justiça”, lembrou a senadora Ideli Salvati (PT-SC). À CPI, Dimas Toledo classificou a lista de “farsa absurda” e acusou o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de mentir.
Em depoimento à PF, Jefferson afirmou ter recebido R$ 75 mil do caixa 2 da estatal, na eleição de 2002. Foi essa declaração de Jefferson que deu alguma credibilidade à “Lista de Furnas”, até então tratada com ceticismo pela maioria dos parlamentares e da imprensa. Toledo nega o repasse ao ex-presidente do PTB e garante que tudo não passa de armação de Nilton Monteiro. Mas, ao falar do desafeto, acabou se confundindo. “Ele me ameaçou, dizendo que era do Partido Trabalhista”, falou, quando perguntado das relações com o lobista. E, em seguida, emendou: “Do PT, ele era do PT”.
O ex-diretor de Furnas desmentiu a versão de Monteiro, dada à PF, de que teria se encontrado com políticos e empresários de Minas Gerais durante a campanha de 2002. Também disse desconhecer Cláudio Mourão, ex-tesoureiro de campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pioneiro nas relações subterrâneas com o dinheiro das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Com Roberto Jefferson, disse só ter se encontrado uma vez, no Rio, quando tentou convencê-lo da vantagem de se ter um técnico de Furnas, ele mesmo, na diretoria da empresa. Independentemente da autenticidade da lista, não é de hoje que Toledo é apontado como arrecadador de campanhas políticas, durante a era FHC, junto às empresas fornecedoras de insumos e serviços da estatal elétrica.
Teria sobrevivido à mudança de governo graças à perspectiva de continuar esse tipo de operação para o Partido dos Trabalhadores e outras siglas da base governista, inclusive o PTB. Ele afirmou que mantinha “contatos freqüentes” com o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira para tratar de “problemas institucionais”.
“Uma vez, perguntei a ele (Sílvio) se o governo estaria dando meu cargo, e ele disse que desconhecia a informação.” Toledo garantiu à CPI ter permanecido na diretoria da estatal por decisão da ministra Dilma Rousseff, então titular da pasta de Minas e Energia. O encontro com Roberto Jefferson, segundo ele, teria sido marcado para garantir sua permanência no cargo a partir de critérios “técnicos”.
Na PF, o ex-deputado do PTB contou outra versão. Dimas teria garantido um pagamento de R$ 3 milhões mensais, divididos entre PT e PTB, para ficar no cargo. O ex-diretor, novamente, negou a existência dessa transação.
A chave para decifrar o caixa 2 de Furnas pode estar na “milionária” campanha de Dimas Toledo Jr. em 2002
Por Leandro Fortes e Márcia Maria - *Carta Capital
Durante o depoimento do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo à CPI dos Correios, na noite da quarta-feira 15, parlamentares do PSDB e do PFL desfiaram inúmeros argumentos para desmontar a “Lista de Furnas”, a relação de 156 políticos supostamente beneficiados pelo caixa 2 de R$ 40 milhões da estatal.
Um dos mais recorrentes dizia respeito ao aparecimento, entre os listados, de Dimas Fabiano Toledo Júnior, eleito deputado estadual em Minas Gerais pelo PP. “Não acredito que alguém seria tão burro de produzir uma lista como essa e, ainda por cima, incluir o nome do próprio filho”, discursou o deputado federal Eduardo Paes (PSDB-RJ), que aparece no documento como beneficiário de R$ 250 mil.
As ponderações dos parlamentares a respeito da autenticidade da lista devem ser levadas em conta. Há várias “pegadinhas” no papelório, a começar pelo fato de o original nunca ter aparecido. O que circula no Congresso e nas redações é uma cópia xerox, insuficiente para atestar a veracidade da lista.
O documento traz a expressão “recursos não-contabilizados”, termo cunhado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares meses depois do período em que supostamente Dimas Toledo teria entregado a relação ao lobista Nilton Monteiro. Além disso, é difícil entender por que o autor incluiria o nome do próprio filho em uma tramóia cujo objetivo final era servir de instrumento de chantagem.
Nego tudo.O ex-diretor de Furnas diz que a lista é “farsa absurda”Isso não significa que as investigações sobre o caixa 2 de Furnas devem ser enterradas e que a lista não passa de chantagem dos governistas, como querem fazer parecer o PFL e o PSDB. E é aí que Dimas Toledo Júnior volta à cena.
Eleito em 2002, o filho do diretor de Furnas foi o segundo colocado em gastos eleitorais entre os deputados estaduais mineiros. Oficialmente, o comitê de “Diminhas” desembolsou R$ 453,2 mil para levá-lo à Assembléia Legislativa.
Quem acompanhou a disputa eleitoral em Minas diz, porém, que os gastos do deputado foram bem maiores, a ponto de causar divergência entre candidatos que apoiavam o tucano Aécio Neves na corrida ao governo.
Os políticos reclamavam das desvantagens na disputa diante da “milionária” campanha do filho do diretor de Furnas. Nos corredores da Assembléia, é visível o constrangimento de deputados com a ascensão de Dimas Júnior na política mineira. De vereador em Varginha, no sul de Minas, com cerca de 1.800 votos, ele pulou para o posto de terceiro deputado estadual mais bem votado, com 79 mil votos.
Na prestação de contas de Dimas Júnior, constam da lista dos doadores oito altos funcionários ou ex-funcionários de Furnas. O ex-gerente do departamento de Construção de Transmissão Sul destinou R$ 10 mil. Clécio de Miranda Lima, engenheiro da equipe do Escritório de Construção Mogi Guaçu na obra da linha de transmissão de Ivaiporã–Itaberá, R$ 12 mil. O ex-funcionário do Departamento de Engenharia Elétrica Hamilton Pinto das Chagas, R$ 10 mil; o assistente da diretoria, em 2002, Gastão de Almeida Rocha, R$ 10 mil.
Há doações do ex-presidente de Furnas Luiz Laércio Simões Machado, no valor de R$ 10 mil, e do ex-diretor de Planejamento, Engenharia e Construção José Renato Simões Machado, também de R$ 10 mil. Funcionário de Furnas por 30 anos, Miguel Khair Filho, atual dirigente da empresa Workinvest – da qual Furnas é cliente –, doou R$ 70 mil. Outro dirigente da mesma Workinvest, Paulo Fernando Veiga do Amaral, deu outros R$ 70 mil ao filho do ex-diretor de Engenharia da estatal de energia elétrica.
O deputado Dimas Júnior, por meio da assessoria de imprensa, avisou que não vai falar sobre o assunto. Há mais de três meses nas mãos de jornalistas e policiais federais, a chamada “Lista de Furnas” entrou oficialmente para o rol de segredos inconfessáveis da República durante o depoimento de Dimas Toledo, o pai, à CPI.
O ex-diretor da estatal compareceu à sala de sessões da comissão amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal. Mas nem isso lhe deu tranqüilidade. Suado e trêmulo, teve de recorrer a textos preparados por advogados para encenar o óbvio papel de vítima. Negou tudo, como era de esperar, mas foi pouco convincente, apesar da forma reverencial com que a oposição o tratou em plenário.
Explica-se: embora paire sobre Dimas a desconfiança de que ele operou também para o PT, a lista de 156 nomes do caixa 2 de Furnas trata, basicamente, de políticos do PSDB, PFL e outros menos importantes da base parlamentar do governo Fernando Henrique Cardoso. Boa parte dos nomes citados no papel faz parte da comissão de frente da CPI que, há sete meses, joga pedra no PT e no governo federal por conta do suposto “mensalão”.
O herdeiro e o algoz.O deputado teve a segunda campanha mais cara. Ele aparece na lista supostamente entregue pelo pai a Nilton MonteiroTanto foi assim que o senador Arthur Virgilio (AM), líder do PSDB no Senado e algoz titular do governo Lula no Congresso, praticamente esqueceu-se de inquirir Dimas Toledo e assumiu uma posição de defensor do ex-diretor de Furnas.
Isso porque, enquanto pôde, voltou todas as cargas para o lobista mineiro Nilton Monteiro, acusado de ter forjado a lista. Gastou um tempo além do razoável para elencar um sem-número de processos judiciais nos quais Monteiro estaria envolvido, um esforço indisfarçável para evitar a convocação do lobista. Foi um dos poucos momentos em que Dimas respirou com mais tranqüilidade.
Os oposicionistas citados na lista tornaram-se vítimas da própria dinâmica que impuseram às investigações. Enquanto o jogo resumiu-se em atacar o PT e o governo, tudo era permitido, sem nenhuma ponderação. A CPI dos Bingos, apelidada “CPI do Fim do Mundo”, está aí para provar. A maior parte dos depoimentos lá tomados pouco tem a ver com o fato inspirador da criação da comissão. Em compensação, sobram convocações de toda e qualquer “testemunha”, por mais duvidosos que sejam o seu passado e suas intenções, que acrescentem lenha na fogueira do suposto conluio para os assassinatos de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, e de Toninho do PT, ex-prefeito de Campinas, ou que corroborem a fantástica história da doação clandestina de Cuba à campanha de Lula em 2004.
“Esta comissão não se deve deixar cevar pelo discurso da desqualificação do depoente, uma vez que já ouvimos o doleiro Toninho da Barcelona e o juiz João Carlos da Rocha Mattos, ambos condenados pela Justiça”, lembrou a senadora Ideli Salvati (PT-SC). À CPI, Dimas Toledo classificou a lista de “farsa absurda” e acusou o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de mentir.
Em depoimento à PF, Jefferson afirmou ter recebido R$ 75 mil do caixa 2 da estatal, na eleição de 2002. Foi essa declaração de Jefferson que deu alguma credibilidade à “Lista de Furnas”, até então tratada com ceticismo pela maioria dos parlamentares e da imprensa. Toledo nega o repasse ao ex-presidente do PTB e garante que tudo não passa de armação de Nilton Monteiro. Mas, ao falar do desafeto, acabou se confundindo. “Ele me ameaçou, dizendo que era do Partido Trabalhista”, falou, quando perguntado das relações com o lobista. E, em seguida, emendou: “Do PT, ele era do PT”.
O ex-diretor de Furnas desmentiu a versão de Monteiro, dada à PF, de que teria se encontrado com políticos e empresários de Minas Gerais durante a campanha de 2002. Também disse desconhecer Cláudio Mourão, ex-tesoureiro de campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pioneiro nas relações subterrâneas com o dinheiro das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Com Roberto Jefferson, disse só ter se encontrado uma vez, no Rio, quando tentou convencê-lo da vantagem de se ter um técnico de Furnas, ele mesmo, na diretoria da empresa. Independentemente da autenticidade da lista, não é de hoje que Toledo é apontado como arrecadador de campanhas políticas, durante a era FHC, junto às empresas fornecedoras de insumos e serviços da estatal elétrica.
Teria sobrevivido à mudança de governo graças à perspectiva de continuar esse tipo de operação para o Partido dos Trabalhadores e outras siglas da base governista, inclusive o PTB. Ele afirmou que mantinha “contatos freqüentes” com o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira para tratar de “problemas institucionais”.
“Uma vez, perguntei a ele (Sílvio) se o governo estaria dando meu cargo, e ele disse que desconhecia a informação.” Toledo garantiu à CPI ter permanecido na diretoria da estatal por decisão da ministra Dilma Rousseff, então titular da pasta de Minas e Energia. O encontro com Roberto Jefferson, segundo ele, teria sido marcado para garantir sua permanência no cargo a partir de critérios “técnicos”.
Na PF, o ex-deputado do PTB contou outra versão. Dimas teria garantido um pagamento de R$ 3 milhões mensais, divididos entre PT e PTB, para ficar no cargo. O ex-diretor, novamente, negou a existência dessa transação.
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