12/04/2006 - Ex-gerente da Nossa Caixa reitera denúncia
Enviado por Adauto Melo
O ex-gerente de marketing da Nossa Caixa Jaime de Castro Júnior confirmou, em depoimento ao Ministério Público de São Paulo nesta quarta-feira (12), que as agências Full Jazz Comunicação e Propaganda Ltda e Colucci Propaganda Ltda operaram sem contrato por aproximadamente um ano e meio e que o então presidente do banco, Valdery Frota de Albuquerque, saberia do problema. No período, quase R$ 50 milhões teriam sido gastos em publicidade pelo banco.
A informação é do promotor Sérgio Turra Sobrane, que tomou o depoimento de Castro Júnior, demitido em dezembro pelo atual presidente do banco, Carlos Eduardo Monteiro, e do atual diretor de marketing da Nossa Caixa, Mário Sérgio Moreira Lopes.
Os depoimentos foram prestados no procedimento aberto pelo MP, após uma denúncia anônima, para apurar irregularidades na destinação da verba publicitária do banco.
Segundo Sobrane, o ex-gerente, que foi demitido por "mau procedimento", "desídia" e "indisciplina", dividiu sua responsabilidade com a diretoria do banco e disse que deu vários pareceres contrários a decisões tomadas posteriormente pela diretoria.
No depoimento, Castro Júnior disse ainda que seria comum haver "orientações" da Assessoria Especial de Comunicação sobre a aplicação das verbas de publicidade do banco.
Ainda segundo o promotor, Jaime afirmou que veículos de comunicação ligados a deputados da base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembléia Legislativa receberam anúncios publicitários, mas negou que esses anúncios não tenham sido condizentes com a capacidade de circulação desses veículos.
De acordo com seu depoimento, a destinação dessas verbas teria sido autorizada mediante critérios técnicos.
Segundo o promotor, Moreira Lopes confirmou que recebeu um telefonema do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB) em que o parlamentar teria se irritado ao receber uma negativa sobre um anúncio para um de seus veículos e que iria tratar "diretamente com o governador".
O promotor disse que estuda a convocação do deputado Afanásio Jazadji (PFL) e do ex-assessor especial de Comunicação do governador Roger Ferreira, demitido em março. Do e-mail de Ferreira saíram solicitações para que, supostamente, o banco atendesse aos interesses políticos de Alckmin.
As informações são do site Última Instância.
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