José Dirceu diz que motorista de Jucá servirá para reaver seus direitos políticos.
Germano Oliveira - O Globo
SÃO PAULO - O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, vai utilizar o episódio do envolvimento do motorista do senador Romero Jucá (PMDB-RR), Roberto Jefferson Marques, que seria o verdadeiro Roberto Marques responsável pelo saque de R$ 50 mil no Banco Rural, para tentar reaver seu mandato, cassado no fim do ano passado.
Entre os argumentos que levaram à sua cassação, havia a suspeita de que o Roberto Marques que sacou R$ 50 mil no Banco Rural em 2004 era seu ex-assessor e amigo Bob Marques, que trabalha como assessor na bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo. Dirceu já conversou com seu advogado e disse ao GLOBO que o caso do motorista de Jucá agora será usado para reforçar o mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal com o objetivo de retomar seu mandato de deputado federal e reaver seus direitos políticos cassados por oito anos.
- Desde o começo eu sabia que o Roberto Marques não era o Bob, meu amigo. O Bob ofereceu todos os documentos e não constava no Banco Rural o seu CPF, seu RG, assinatura, nada, que comprovasse que o Roberto Marques que sacou os R$ 50 mil era o Bob. Não havia nenhuma prova na CPI ou na Polícia Federal contra o Bob e mesmo assim o deputado Julio Delgado e o Osmar Serraglio (relator da CPI dos Correios) se basearam nesse saque para justificar o meu envolvimento com o valerioduto. O surgimento desse motorista do senador Jucá desmonta essa parte importante do processo de minha cassação - disse José Dirceu ao GLOBO neste domingo, ao ser informado sobre a reportagem do Correio Braziliense mostrando uma fita atribuída ao motorista de Jucá, Roberto Jefferson Marques, confessando ter sacado os R$ 50 mil para o senador de Roraima.
José Dirceu disse esperar agora que o motorista de Jucá, e o próprio senador, sejam chamados a depor na CPI, no Ministério Público e na Polícia Federal, para que se esclareça o episódio.
- Espero que investiguem tudo agora. Da outra vez, ninguém quis investigar a história. O Bob dizia que não era ele e ninguém se interessou em apurar quem era o verdadeiro Roberto Marques. Espero também que a fita seja apreendida e divulgada. Afinal, parece que há muita gente envolvida na história, além do Jucá - disse Dirceu.
O ex-deputado disse que conversou sobre o assunto no domingo mesmo com seu advogado José Luiz Oliveira Lima e que nos próximos dias deve ingressar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para reaver seus direitos políticos.
- Tudo isso fortalece a tese de que minha cassação foi política, sem base legal e sem provas. Os tucanos, como o deputado Gustavo Fruet, estão perdendo toda a credibilidade, na tentativa de abafar as investigações contra o senador Eduardo Azeredo. Cada dia fica mais claro que à pretexto de combater o caixa dois e a corrupção no governo Lula, cassaram meu mandato, mas não conseguiram provar nada, nem na CPI, nem na PF e nem na Procuradoria - disse Dirceu.
Para ele, a oposição queria tirá-lo do governo e cassar o seu mandato desde o episódio Valdomiro Diniz.
- Já naquela época nunca provaram nada contra mim. Só que o Valdomiro tinha sido meu assessor, mas não provaram nada, nem na CPI da Loterj no Rio e em lugar algum - desbafou Dirceu.
06/03/2006 - 20h06m
Bob Marques, amigo de José Dirceu, quer reparação de danos
Germano Oliveira - O Globo
SÃO PAULO - Roberto Marques, o Bob, amigo de Dirceu, disse que hoje pretende usar o caso do homônimo motorista do senador Romero Jucá, Roberto Jefferson Marques, para processar os que disseram que ele "carregava malas de dinheiro" para José Dirceu.
- Desde início eu disse que era homônimo, que era uma armação para prejudicarem o José Dirceu. Mostrei que não havia meu RG, CPF, que a assinatura no saque no Banco Rural não era minha, mas ninguém quis acreditar - explicou Bob Marques, que atualmente trabalha na assessoria da bancada do PT na Assembléia paulista.
Para ele, não passa de "ironia do destino" o fato do verdadeiro Roberto Marques que fez o saque de R$ 50 mil ter o nome de Jefferson no meio.
- Ainda não sei que medidas vou tomar, mas vou consultar meu advogado para saber o que fazer. É possível que eu tome algumas medidas legais contra a revista "Veja", que fez uma capa dizendo que eu carregava malas para José Dirceu. A revista dizia não saber se nas malas estavam recheadas de cuecas ou de dólares. Expuseram meu nome, o da minha família e agora acho que mereço uma reparação por danos morais - disse Bob Marques.
Germano Oliveira - O Globo
SÃO PAULO - O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, vai utilizar o episódio do envolvimento do motorista do senador Romero Jucá (PMDB-RR), Roberto Jefferson Marques, que seria o verdadeiro Roberto Marques responsável pelo saque de R$ 50 mil no Banco Rural, para tentar reaver seu mandato, cassado no fim do ano passado.
Entre os argumentos que levaram à sua cassação, havia a suspeita de que o Roberto Marques que sacou R$ 50 mil no Banco Rural em 2004 era seu ex-assessor e amigo Bob Marques, que trabalha como assessor na bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo. Dirceu já conversou com seu advogado e disse ao GLOBO que o caso do motorista de Jucá agora será usado para reforçar o mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal com o objetivo de retomar seu mandato de deputado federal e reaver seus direitos políticos cassados por oito anos.
- Desde o começo eu sabia que o Roberto Marques não era o Bob, meu amigo. O Bob ofereceu todos os documentos e não constava no Banco Rural o seu CPF, seu RG, assinatura, nada, que comprovasse que o Roberto Marques que sacou os R$ 50 mil era o Bob. Não havia nenhuma prova na CPI ou na Polícia Federal contra o Bob e mesmo assim o deputado Julio Delgado e o Osmar Serraglio (relator da CPI dos Correios) se basearam nesse saque para justificar o meu envolvimento com o valerioduto. O surgimento desse motorista do senador Jucá desmonta essa parte importante do processo de minha cassação - disse José Dirceu ao GLOBO neste domingo, ao ser informado sobre a reportagem do Correio Braziliense mostrando uma fita atribuída ao motorista de Jucá, Roberto Jefferson Marques, confessando ter sacado os R$ 50 mil para o senador de Roraima.
José Dirceu disse esperar agora que o motorista de Jucá, e o próprio senador, sejam chamados a depor na CPI, no Ministério Público e na Polícia Federal, para que se esclareça o episódio.
- Espero que investiguem tudo agora. Da outra vez, ninguém quis investigar a história. O Bob dizia que não era ele e ninguém se interessou em apurar quem era o verdadeiro Roberto Marques. Espero também que a fita seja apreendida e divulgada. Afinal, parece que há muita gente envolvida na história, além do Jucá - disse Dirceu.
O ex-deputado disse que conversou sobre o assunto no domingo mesmo com seu advogado José Luiz Oliveira Lima e que nos próximos dias deve ingressar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para reaver seus direitos políticos.
- Tudo isso fortalece a tese de que minha cassação foi política, sem base legal e sem provas. Os tucanos, como o deputado Gustavo Fruet, estão perdendo toda a credibilidade, na tentativa de abafar as investigações contra o senador Eduardo Azeredo. Cada dia fica mais claro que à pretexto de combater o caixa dois e a corrupção no governo Lula, cassaram meu mandato, mas não conseguiram provar nada, nem na CPI, nem na PF e nem na Procuradoria - disse Dirceu.
Para ele, a oposição queria tirá-lo do governo e cassar o seu mandato desde o episódio Valdomiro Diniz.
- Já naquela época nunca provaram nada contra mim. Só que o Valdomiro tinha sido meu assessor, mas não provaram nada, nem na CPI da Loterj no Rio e em lugar algum - desbafou Dirceu.
06/03/2006 - 20h06m
Bob Marques, amigo de José Dirceu, quer reparação de danos
Germano Oliveira - O Globo
SÃO PAULO - Roberto Marques, o Bob, amigo de Dirceu, disse que hoje pretende usar o caso do homônimo motorista do senador Romero Jucá, Roberto Jefferson Marques, para processar os que disseram que ele "carregava malas de dinheiro" para José Dirceu.
- Desde início eu disse que era homônimo, que era uma armação para prejudicarem o José Dirceu. Mostrei que não havia meu RG, CPF, que a assinatura no saque no Banco Rural não era minha, mas ninguém quis acreditar - explicou Bob Marques, que atualmente trabalha na assessoria da bancada do PT na Assembléia paulista.
Para ele, não passa de "ironia do destino" o fato do verdadeiro Roberto Marques que fez o saque de R$ 50 mil ter o nome de Jefferson no meio.
- Ainda não sei que medidas vou tomar, mas vou consultar meu advogado para saber o que fazer. É possível que eu tome algumas medidas legais contra a revista "Veja", que fez uma capa dizendo que eu carregava malas para José Dirceu. A revista dizia não saber se nas malas estavam recheadas de cuecas ou de dólares. Expuseram meu nome, o da minha família e agora acho que mereço uma reparação por danos morais - disse Bob Marques.
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