Thursday, February 02, 2006

Havana. 2 Fevereiro de 2006 - *Granma Internacional



Agonizam dois iemenitas presos na base dos EUA em Guantánammo

WASHINGTON (PL).— Dois dos réus em greve de fome, na base militar estadunidense de Guantánamo, território ocupado ilegalmente em Cuba, agonizavam na quarta-feira, 1º de fevereiro, apesar das tentativas dos carcereiros de alimentá-los pela força, informaram representantes legais dos detentos.

Segundo uma comunicação do grupo Reprive, defensor dos direitos dos detentos, os iemenitas Abu Bakah al-Shamrani e Abu Anas estão extremamente fracos.

"Al-Shamrani só pesa 32 quilos", asseguram os advogados.

O coletivo de advogados precisou que o chamado Acampamento Echo, composto por celas de isolamento, deveio uma "instituição onde se alimenta pela força".

Denunciam que a deterioração dos réus é tal que o caminho de cascalho que dá acesso à instalação foi cimentado para poder transferir os depauperados prisioneiros em cadeiras de roda.

Por seu lado, o jornal británico The Times, em sua edição digital, destacou a tragédia de Shaker Aamer, cuja esposa visitou, semana passada, a Câmera dos Comuns para pedir aos parlamentares que intervenham a favor do preso.

Aamer, que reside na Grã-Bretanha, entrou em greve de fome, em 2 de novembro, exigindo um julgamento justo ou sua libertação.

"O Governo (de Londres) se recusa a ajudar-me. ¿De que serve que minha mulher seja britânica? Os responsáveis pela minha morte serão os governos britânico e estadunidense", foram algumas das frases ditas pelo réu ao advogado Clive Stafford, diretor jurídico da Reprive.

Numa uma visita à prissão, Stafford observou quando o réu tirou, com evidente dor, a sonda que lhe tinham introduzido pelo nariz pela força.

O tubo, precisou o letrado, media 110 centímetros de comprimento e estava manchado de sangue.

Em dezembro, um porta-voz militar reconheceu que 84 prisioneiros tinham aderido ao protesto.

Grupos defensores dos direitos humanos asseguram que o número de presos em inanição é muito superior ao reconhecido pelo comando militar.

A imensa maioria leva recluída mais de três años, sem ter sido acusada oficialmente nem ter acesso a abvogados.

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